História

A freguesia é atualmente conhecida como Chave. Tal nome tem provavelmente origem num n. comum desaparecido ”chava” > “chave” < lat. Flava relativo à cor da sua vegetação sazonal impressiva (antes de se tornar lugar cultivado).

Está situada numa das encostas mais suaves da Serra da Freita, rota pela qual viajantes e comerciantes, conhecidos como caramuleiros, transitavam do litoral nortenho e principalmente da região do grande Porto para o interior e vice-versa. Percorriam caminhos ásperos, ladeados por monumentos megalíticos, em direção a Viseu e outras localidades circundantes. Em 1527, tinha 54 habitações. Em 1878, contava com 999 habitantes em 197 habitações, e atualmente a população ronda as 1607 pessoas. 

No final do século XIX, foi aberta uma estrada real que se conectava à grande via em Oliveira de Azeméis, ligando toda a região entre Lisboa e Porto. Os lugares que constituem Chave encontram-se dispersos por terrenos acidentados e altivos, mas geralmente férteis, em parte devido aos ribeiros e arroios que descem das encostas graníticas da Freita, contribuindo para a existência de vales exuberantes e férteis, caracterizando esta localidade como uma típica região do Minho, apesar de pertencer ao Douro Litoral. O rio Arda passa na extremidade nordeste, fazendo fronteira com as antigas terras de Cambra e da Feira. 

As principais atividades eram a agricultura, silvicultura e pastorícia, mas sofreram um declínio acentuado. Poucos persistem em manter os socalcos de muitas parcelas, ainda exuberantes e verdejantes. Destaca-se o surgimento de atividades industriais no local conhecido como Rossio, contribuindo para a estabilização da população e a criação de riqueza.